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96 núcleos e 384 MB de cache: um novo processador de 6 nm revelado por uma empresa chinesa
Cada vez mais perto de competir com a AMD e a Intel, os criadores de processadores chineses acabam de marcar mais pontos, embora tenhamos de os julgar com base nas provas.
O surgimento de gabinetes de investigação e desenvolvimento chineses não é um sonho impossível há vários anos, mas a Zhaoxin parece ter dado um passo em frente, aproximando o sonho chinês de acabar com as tecnologias desenvolvidas nos EUA. Ainda não chegámos lá, mas após os sucessivos anúncios da Loongson no ano passado, é a Zhaoxin que está a apresentar o KH-5000, um chip destinado ao mercado dos servidores.
No ano passado, a Loongson tinha atacado o segmento dos clientes com as pastilhas 3A6000 e, sobretudo, 3B6600, destinadas a competir com os processadores de 13ª geração da Intel. O anúncio mais oficial da Loongson foi que estava pelo menos duas gerações atrás da Intel e que a sua única ambição era competir com a gama de entrada/média da empresa americana: o 3B6600 deveria estar ao mesmo nível de um Core i5 de 13ª geração. Apesar de ainda estarmos longe do desempenho dos Core i7 e Core i9, os progressos da China são impressionantes.
Atualmente, a Zhaoxin está a ir ainda mais longe, desta vez voltando a sua atenção para os servidores com o seu KH-5000, que incorpora uns impressionantes 96 núcleos através de uma arquitetura chiplet que permite modular configurações maiores. O KH-5000 está igualmente equipado com 384 MB de memória cache e a Zhaoxin não esconde as suas ambições, sublinhando os progressos realizados em relação ao atual KH-4000: até 96 núcleos (32 no KH-4000), IPC aumentado em 30%, frequência máxima de 3 GHz (2,5 GHz no KH-4000), 384 MB de cache (64 MB no KH-4000), 12 canais de RAM DDR5 (8 canais de DDR4 no KH-4000) e 128 linhas PCI Express Gen 5 (128 linhas PCIe Gen 4 no KH-4000).
No papel, o chip Zhaoxin tem pouco a invejar das melhores soluções actuais, em particular os Threadrippers mais potentes da AMD. No entanto, é preciso ter em conta que nenhum jornalista independente conseguiu ainda deitar a mão a este chip, que foi apresentado na Expo Mundial de Xangai 2025. Por vezes, há um fosso entre a declaração de intenções e a realidade no terreno, mas a marcha forçada conduzida pela China parece estar a dar frutos.