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Meteor Lake: revelada a nova arquitetura de processador da Intel
Como prometido, a Intel apresentou efetivamente a sua arquitetura de 15ª geração.
A data já tinha sido fixada há várias semanas pela Intel, que tem vindo a preparar pacientemente o lançamento desta arquitetura Meteor Lake, que não se chama oficialmente "15ª geração" porque a marca americana já não quer colocar números nas suas arquitecturas depois de ter lançado uma dececionante 14ª geração - Raptor Lake Refresh - em outubro. Em outubro? Quer isto dizer que a Intel vai lançar duas arquitecturas de processadores no espaço de dois meses? Sim e não, pode dizer-se. De facto, embora a Raptor Lake Refresh e a Meteor Lake sejam duas arquitecturas distintas - muito distintas mesmo - a primeira destina-se exclusivamente ao mercado dos computadores de secretária, enquanto a segunda se centra no mundo dos PC portáteis.
Enquanto o Raptor Lake Refresh se concentra na potência bruta, o Meteor Lake procura introduzir numerosas inovações, e a Intel está a testá-las primeiro no mundo móvel antes de lançar o Arrow Lake no próximo ano, uma arquitetura mais orientada para o mundo dos processadores para computadores de secretária... mas ainda não chegámos lá.
Voltemos ao Meteor Lake, que introduz um novo nó de gravação para a empresa americana, o Intel 4, que outrora se chamaria "7nm", mas que a Intel rebaptizou para sublinhar a sua proximidade técnica com os 4nm da fundição taiwanesa TSMC. O Meteor Lake é também uma oportunidade para introduzir uma nova técnica de montagem de chips chamada Foveros 3D. O princípio é bastante simples, mas a aplicação muito menos, pois consiste em combinar "mosaicos" de diferentes tecnologias num único substrato para obter um chip que vai ainda mais longe do que os chiplets da AMD.
No caso da Intel e do Meteor Lake, existem quatro "mosaicos". A primeira é a Compute Tile, que trata de todos os cálculos pesados. Caracteriza-se pela sua gravação Intel 4 e pela presença de uma dupla de núcleos de alto desempenho (Redwood Cove) e eficientes (Crestmont). Perto dali, a Intel criou o que chama de SoC Tile, uma espécie de centro de sobrevivência do processador que reúne tudo o que é necessário para manter o processador em funcionamento. Dois outros núcleos - baseados nos Crestmonts - estão presentes aqui, e esta telha é gravada usando o processo N6 da TSMC. A placa gráfica aloja o chip gráfico Meteor Lake com os seus Xe-Cores na arquitetura Intel ARC. Note-se que esta telha apresenta um terceiro processo de gravação, o N5 da TSMC.
Por fim, um quarto bloco, denominado I/O Extender Tile, completa os processadores Meteor Lake. Trata de todas as E/S e não é tão sexy como os outros: é por isso que a Intel não está a concentrar a sua comunicação nesta parte do Meteor Lake.
Por outro lado, a Intel fala muito sobre a lista de processadores que desenvolveu para este lançamento. No total, porém, são "apenas" mencionadas 11 referências. "Apenas", porque a Intel está habituada a lançamentos faraónicos, nomeadamente para as suas gamas de portáteis. Neste caso, as gamas "H" e "U" são as únicas presentes, uma vez que os modelos "P" desapareceram. A Intel está assim a tentar mostrar que todos os processadores Meteor Lake são de baixo consumo... mesmo que a tabela acima ainda mostre diferenças claras no TDP, com alguns processadores a 30W e outros a 115W.
Estes onze modelos são também uma oportunidade para introduzir a nova nomenclatura da Intel com os processadores Core Ultra 5, Core Ultra 7 e Core Ultra 9. Vale a pena salientar que os processadores Core Ultra 5 134U, Core Ultra 7 164U e Core Ultra 9 185H só serão lançados no início do próximo ano, enquanto o resto da gama já está disponível. Os parceiros tradicionais da Intel estão todos a alinhar-se e, quer se trate da ACER, ASUS, Dell, HP, Lenovo, MSI ou Samsung, para dar apenas alguns exemplos, já está disponível um grande número de computadores portáteis equipados com Meteor Lake.